Iaê Blz?!
Já que falamos da CVC vale a pena colocar um post aqui sobre a venda da CVC para a carlyle, coisa que eu não tinha feito ainda.
Ao contrário do que o próprio Guilherme Paulus havia anunciado, a venda de parte da operadora CVC ao grupo Carlyle, dono também das operadoras Orizonia e Iberojet, incluiu a operação de cruzeiros marítimos. Mais ainda: em vez dos falados 50% ou 60%, Paulus vendeu 63,6% da CVC Brasil Operadora e Agência de Viagens, nome novo da empresa, depois de ter virado S.A. no final de 2009.
Guilherme Paulus, fundador da operadora, continuará sendo o presidente do conselho da CVC e permanecerá com participação no restante do capital da companhia. Paulus continua também sendo acionista da Webjet e da GJP Hotéis e Resorts, não incluídos na negociação com o Carlyle.
De um lado, a CVC, com sua extraordinária força de vendas e sólida experiência no turismo, e de outro, o Carlyle, com sua impecável expertise na gestão financeira internacional, mas que compartilham visões e objetivos em comum: gerar oportunidades de negócios no Brasil e em mercados internacionais.
Tendo já transportado mais de 15 milhões de passageiros em viagens nacionais e internacionais, sendo considerada hoje a maior operadora de viagens da América Latina, a CVC segue com a mesma filosofia, os valores, a missão, as políticas e a mesma equipe de funcionários, agentes de viagens, fornecedores e representantes que fazem da CVC uma operadora única, sem precedentes no Brasil.
Nessa jornada, Guilherme Paulus e Valter Patriani seguem no comando como presidente do Conselho e presidente da operadora, respectivamente, e estão conduzindo a CVC ao objetivo de crescer, e crescer muito.
Detalhes adicionais do acordo financeiro da venda foram informados, mas reportagens publicadas falam em até R$ 700 milhões. A venda também não inclui a rede de distribuição da CVC (400 lojas, a maioria terceirizada), hoje dentro de uma outra empresa do grupo, a CVC Serviços. Também estava no páreo para a compra, a gigantesca Tui, que chegou a ter reuniões com Guilherme Paulus nos últimos dias de 2009.
“Essa que é a maior transação da história do turismo brasileiro acontece em um momento positivo para o setor, que vivencia seu período de consolidação como reconhecida atividade econômica, geradora de divisas, empregos e renda. Estamos unindo forças, talentos e expertises”, explica Guilherme Paulus, fundador da operadora CVC e que prossegue como presidente do Conselho.
A CVC emprega mais de 900 funcionários diretos e gera mais de 4,5 mil empregos indiretos. Valter Patriani, CEO da CVC Operadora e principal pilar de vendas da empresa, também continua no cargo. Ele fala do momento propício do crescimento do consumo de viagens no Brasil. “Muitos brasileiros estão descobrindo que sair de férias viajando de avião é uma alternativa viável. A ampla gama de produtos da CVC e nossa política de preços baixos abriu um novo estilo de vida para muitos consumidores.”
“Nada muda. Fica tudo igual”, garante Valter Patriani, presidente e CEO da CVC Brasil Operadora, que teve 63,6% de suas ações hoje vendidas ao Grupo Carlyle. O dinheiro da venda, estimado em R$ 700 milhões, não é da CVC e sim de um dos acionistas, Guilherme Paulus. “Não foi um aporte de capital, até porque a CVC está muito bem. O Carlyle não compra empresas para consertar. Eles compraram o DNA da CVC e nada muda na diretoria e em nossa estratégia, que já está desenhada para chegarmos a 4,5 milhões de pacotes vendidos em 2014”, explica Patriani, que fechou acordo com os novos donos da CVC para continuar no comando da operadora por pelo menos mais cinco anos.
No médio prazo, informa a CVC em comunicado, a operadora vai continuar priorizando o mercado brasileiro. “No longo prazo, a CVC poderá se expandir para outros mercados da América Latina”, diz o comunicado, apesar de a operadora já estar na Argentina, Uruguai, Chile e outros países..
Paulus declarou que “o conhecimento financeiro do Carlyle e seus recursos globais serão bastante úteis ao negócio. Enxergamos um futuro brilhante para a CVC à medida que continuaremos a entregar pacotes turísticos de alta qualidade a preços muito acessíveis para uma base de clientes que não para de crescer.”
Fernando Borges, diretor responsável pela operação do Carlyle na América do Sul, afirma: “Estamos entusiasmados com a conclusão do nosso primeiro investimento de buyout no Brasil. A CVC é uma companhia de primeira linha, liderada por um talentoso CEO, Valter Patriani, e dispõe de um time com uma experiência e resultados comprovados únicos no setor. A estratégia de crescimento para o futuro é clara. A equipe do Carlyle no Brasil e nosso grupo de Consumo & Varejo baseado em Nova York darão apoio total à companhia. Nosso objetivo é que tanto os funcionários quanto os clientes da companhia se beneficiem, uma vez que a CVC continuará a aumentar a variedade e a qualidade dos serviços e produtos turísticos oferecidos.”
Para Sandra Horbach, diretora-gerente do Carlyle que comanda a equipe de Consumo & Varejo do grupo, “a CVC é um negócio sensacional, com um posicionamento de mercado esplêndido, uma lealdade à marca excepcional e uma base de clientes em franco crescimento. Estamos muito satisfeitos em nos associar ao fundador e presidente do conselho, Guilherme Paulus, para construir uma marca de classe mundial em uma região e setor com tremendas perspectivas de crescimento.”
O capital para esta transação virá dos fundos Carlyle Partners V (principal fundo do Carlyle Group, com US$13,7 bilhões sob administração) e Carlyle South America Buyout Fund I, bem como de Guilherme Paulus e outros co-investidores (incluindo a firma RLJ Equity Partners).
WEBJET
A companhia aérea não entrou na negociação com a Carlyle, assim como os hotéis da GJP. A legislação brasileira permitiria uma venda de apenas 20% da aérea e o controle não é permitido, mesmo com a possível mudança de legislação para 49%. E o Carlyle só compra empresas que pode controlar.
CONSELHO
Guilherme Paulus continua presidente do Conselho de Administração da CVC, que será composto de novo membros: seis do Carlyle e três de Guilherme Paulus, ainda não definidos. O Carlyle não terá funcionários na diretoria, mas um profissional será designadopara a transição.
RECADO
“Pode avisar ao trade que nada muda na CVC, no relacionamento com o setor, em nosso DNA. Vamos crescer sim, mas continuamos os mesmos”, finaliza Valter Patriani, que, claro, também fica, para alegria e segurança do Carlyle.
Até a próxima. Um abraaaaaaaaaaaaaaaaaço
Com PERNAMBUCANIDADE
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