Ainda me lembro a primeira vez que fui a um estádio de
futebol ver o Santa jogar. Estavamos no Galeto, antigo restaurante da casa onde
morava em Recife, quando meu pai me perguntou se eu ainda tinha uma camisa do
Santa que ele havia me dado: Claro que tinha!
Acho que ele perguntou só para ver seu eu já era Santa
Cruz, porque dali mesmo fomos embora, como morávamos perto do chiqueiro fomos e
voltamos andando, era um clássico contra a coisa e eu tinha 5 anos. Meu pai com
medo de tumulto me levou para as cadeiras (pois é, fiquei na torcida deles), me
lembro bem que o Santa ganhou de 1 X 0, mas o que chamou minha atenção foi que
eu não entendia porque eu não podia comemorar o gol do Santa (meu pai teve que
segurar minha boca nessa hora) e o replay do gol que não passava para eu ver,
pois perdi o momento magnífico do futebol, prestando atenção em uns homens que
não paravam de chamar palavrão, nessa eu era proibido de falar essas coisas.
Minha mãe guardou esse ingresso até hoje.
A última que vez me fui ao estádio com meu pai foi em
1999, naquele jogo Santa X São Caetano que foi 0X0 e foi o 1º do acesso do
Santa a série A. Até essa data íamos muito a jogo junto, eu, meu pai e meus
amigos do colégio: Pequeno, Camillo, Sávio, Isaac e Vinicius (de vez em quando,
pois era do Piauí mas ensinamos ele a ser Santa também).
Lembro que me sentia o máximo pois meu pai era o único que
ia conosco. O tempo passou e depois desse jogo meu pai parou de ir a estádio,
pois passou muito mal nesse dia e ficou com medo de ter um “troço” nas
arquibancadas do Arruda. Fiquei indo, apenas, com meu s amigos.
Esse final de semana de decisão já tinha marcado, com
Silvio, que sairíamos de Garanhuns para ver o Santa vencer o Coruripe, mas meu
pais resolverem vim visitar o neto deles e achei que seria desfeita da minha
parte no domingo ir para Recife. Resolvi que ficaria em casa e sofreríamos juntos
pelo rádio (me dei conta que há 12 anos nem sequer tivemos chances de escutar
os jogos juntos).
Cerveja gelada, tira gostos prontos e as 12h30 já ligamos
o rádio e começamos a nos concentrar, isso claro com meu filho junto, já para
ele ir aprendendo o que é SER Santa Cruz. Quando começou o jogo meu pai me
confidenciou que desde 1999 ele não escuta ou vê o jogo do Santa completo, ele
acha que continua sem condições, então acompanha um pouco e depois desliga e
assim vai os 90 minutos.
Aqui em casa, junto comigo e Daniel e ele sofreu e
conseguiu acompanhar o jogo todo.
Meu pai é daquele tipo de torcedor chato e radical, que o
jogador erra uma bola e já tem que tirar ele do time, típico torcedor da social,
para vocês terem uma idéia: ele teria tirado Thiago Cunha depois do 3º
impedimento, Leandro Souza ele não tinha nem deixado entrar no vestiário, da expulsão
era direto para casa demitido, Natan só tinha jogado 15 minutos e a coisa mais
bonita que ele falou de Zé foi chamar ele de burro.
Apesar
das reclamações dele foi muito bom voltar a comemorar um gol do Santa podendo
da um abraço nele, 12 anos depois, e agora tendo mais um abraço para dar, o de
Daniel.
Já
avisei a ele que Daniel com 2 anos estréia no Arruda (não farei com ele, que me
levou primeiro a Ilha) e ele prometeu que voltará aos estádios nessa data.
È
o Santa Cruz unindo 3 gerações na mesma agonia e sofrimento, MAS EM MUITAS
EMOÇÕES E NA MESMA PAIXÃO
A grande diferença da nação Santa Cruzesense é
essa, nós não torcemos para o Santa, NÓS SOMOS SANTA. Não torcemos pelo time só
quando ele está bem e na moda.
Saudades
de hoje (copiado do Blog da minha amiga Anna): Ir ao Arruda com meu pai.
Até a próxima.
Abraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaço
Com PERNAMBUCANIDADE
Apesar de não concordar com as cores do time, o amor é sempre lindo. E o futebol nos trás isso: solidariedade, união e identidade. Gostei!
ResponderExcluirBeijos!
É isso mesmo Anna. é amor que passa de pais para filho.
ResponderExcluirabraaaaaaaaços